Terapia Cognitiva
A Terapia Cognitiva (TC) é uma abordagem proveniente da Psicologia, cuja atuação pode ser exercida por psicólogos e psiquiatras clínicos. De uma forma geral, ela ajuda as pessoas a lidarem com suas dificuldades do ponto de vista cognitivo e comportamental com base em dois pilares básicos:
Reestruturação Cognitiva
Orientada para a mudança de crenças básicas.
Resolução de Problemas
Voltadas para solução dos problemas reais vivenciados.
O princípio básico da TC é o de que os pensamentos influenciam e determinam nossas emoções/sentimentos, e consequentemente nossos comportamentos. Os pacientes que iniciam tratamento com TC aprendem a pensar sobre seus próprios pensamentos, fenômeno este que damos o nome de METACOGNIÇÃO. Pensar sobre o pensamento promove a autopercepção para que a pessoa seja capaz de identificar a forma como interpreta os eventos que acontecem a sua volta.
Imaginemos a seguinte situação: você convida uma pessoa para um passeio e ela diz: "Vamos deixar para outro dia", sem oferecer muita explicação. Você então pode pensar (clique na seta para ver as possibilidades):
e se tranque no quarto.
liga para vários amigos para pedir conselho.
dia seguinte o convida de novo.
Podemos notar que diferentes pensamentos podem surgir e cada forma de interpretação dos eventos afeta nossos sentimentos e comportamentos. Intervenções em terapia cognitiva focam na mudança do padrão de pensamentos disfuncionais para formas alternativas e funcionais de interpretação da realidade.
Neuropsicologia
A neuropsicologia é uma das áreas de conhecimento da Neurociência e da Psicologia Cognitiva que tem como principal objeto de estudo a relação entre o cérebro e o comportamento nas várias fases do desenvolvimento humano - infância, adolescência, vida adulta e envelhecimento. Ela é uma área inter, trans e multidisciplinar que considera os diferentes aspectos do ser humano, como o comportamento, a cognição, as emoções, a personalidade, as habilidades sociais e as funções motoras.
Por meio da observação clínica e de um conjunto de testes e procedimentos padronizados, o neuropsicólogo realiza a avaliação de funções cerebrais, como inteligência, memória, atenção, funções executivas, percepção, pensamento, linguagem, dentre outras.
neuropsicológica
É um procedimento clínico que pode ser exercido por diferentes profissionais, como psicólogos, fonoaudiólogos, psicomotricistas, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, dentre outros, com formação na área. Pode ser realizada entre 5 e 6 sessões de atendimento incluindo a anamnese clínica, sessões de avaliação e devolutiva.
O principal objetivo da avaliação neuropsicológica é o de investigar as funções cognitivas e relacionar com o comportamento humano, compreender melhor o perfil cognitivo e observar as potencialidades e fragilidades do paciente. Há muitas outras aplicações da avaliação: fundamentar uma hipótese diagnóstica, monitorar ganhos obtidos frente a tratamentos, indicar aprofundamento da investigação neuropsicológica, sugerir intervenções em neuropsicologia, psicoterapia, fonoaudiologia, e outras especialidades, e oferecer orientações tanto para o paciente, sua família e seu entorno (trabalho ou escola).
Dúvidas frequentes
A depressão é uma das doenças mais comuns nos dias de hoje e por isso, é muito fácil confundir tristeza com depressão. O que diferencia uma da outra é a durabilidade, intensidade e grau de incapacidade. Assim, se a tristeza permanecer durante pelo menos duas semanas (critério do DSM-5, 2014), acompanhado de outros sintomas como humor triste (vazio, sem esperança), perda do prazer nas atividades, alteração no peso e no sono, dificuldade de concentração, perda de energia, cansaço, ideias sobre morrer, além de prejuízo ocupacional (trabalho, afazeres) ou social (perda de interesse nas pessoas, tendência a isolamento) e não estar associado a nenhum uso de substância, é provável que um quadro de depressão tenha se instalado.
Enquanto a tristeza pode ser manifesta por diferentes motivos e decorrer de eventos pontuais, mas com durabilidade reduzida e com menos impacto, a depressão é um transtorno altamente incapacitante, cuja prevalência atinge cerca de 7% ao ano, variando essa porcentagem de acordo com a idade e com sexo. Nos Estados Unidos, pessoas entre 18 e 29 anos tem três vezes depressão do que pessoas acima de 60 anos.
A melhor forma de considerar a presença de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade / Impulsividade) é realizando uma avaliação interdisciplinar com neuropsicólogo, fonoaudiólogo, médico psiquiatra e/ou neuropediatra. O diagnóstico é basicamente clínico, ou seja, não existem exames laboratoriais que detectam o problema. Assim, o neuropsicólogo lança mão da avaliação neuropsicológica que é realizado por meio de entrevista com os pais, testes e tarefas neuropsicológicas, observação comportamental em casa, na escola e/ou no consultório, relatório escolar e outras informações que podem ser relevantes ao caso.
Os sinais mais frequentes do TDAH são:
- Padrão persistentes de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade
- Comprometimento antes dos 12 anos de idade
- Prejuízo em pelo menos 2 ambientes diferentes (casa e escola)
- Impacto importante na vida social, escolar ou funcional
Se você quiser saber mais sobre esse assunto, clique aqui.
A primeira informação necessária para indicação de terapia é: qual a natureza desses problemas. Traição de uma das partes (ou ambas)? Desentendimentos frequentes? Valores muito diferentes? É muito natural e comum que problemas de relacionamento ocorram. Porém, é necessária uma análise mais detalhada do problema. Se o casal estiver de acordo com uma psicoterapia a dois, sim, pode ser recomendado. Do contrário, uma das partes poderia iniciar uma psicoterapia individualizada e orientada para o autoconhecimento, percepção das dificuldades que enfrenta, investigação das crenças pessoais que impactam a sua vida.
Independente da dificuldade, psicoterapia sempre é indicada quando se nota sofrimento importante com prejuízos na vida pessoal, social e queda na produtividade.
Agende uma consulta*
Se você busca ajuda com algum problema, quer compreender melhor como seu cérebro interpreta o mundo ou tem dúvidas sobre como a terapia funciona você pode entrar em contato através do formulário ao lado. Se você não tem certeza do que precisa, ou o que perguntar, não se preocupe. Basta incluir o seu nome e e-mail que em breve você receberá uma mensagem.
Os atendimentos são feitos de segunda a sexta-feira na cidade de São Paulo no bairro da Vila Clementino, perto da Metrô Hospital São Paulo - Linha lilásestação de metrô Hospital São Paulo .
*Atenção: essa consulta trata-se apenas de um primeiro contato e não necessariamente do começo de um tratamento terapêutico. Antes de se iniciar qualquer forma de terapia é necessário que se faça uma avaliação de seu estado psicológico e emocional.
Luciane Simonetti
Psicóloga formada em 2010, CRP: 06/105485, especialista em Neuropsicologia pelo Conselho Federal de Neuropsicologia e em Terapia Cognitiva (CTC-VEDA, São Paulo).
É Mestra e Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo/EPM ambos focados na área de Neuropsicologia. Estudou pacientes amnésicos no mestrado e no doutorado estudou a interface entre a Neuropsicologia e as áreas de Genética, Endocrinologia e aspectos socioambientais em pessoas com Síndrome de Klinefelter.
Atua na avaliação e no tratamento de pessoas com queixas cognitivas, comportamentais e emocionais, como TDAH, Altas Habilidades/Superdotação, Transtornos de aprendizagem, Transtorno do Espectro do Autismo, quadros de depressão e ansiedade. Público: crianças acima de 6 anos até a idade adulta.
É também docente e supervisora de estágio clínico em Neuropsicologia no curso de especialização do Centro Diagnóstico Neuropsicológico (CDN), em São Paulo.